A MANUTENÇÃO PRESCRITIVA É UMA BOA SOLUÇÃO PARA SUA EMPRESA?


Antes de responder a esta importante pergunta, gostaria de fazer algumas considerações iniciais que podem ajudar a suportar a minha resposta.


Após a era da Manutenção Corretiva Não Planejada que, infelizmente, ainda persiste em parte considerável das empresas e dos gestores de manutenção, foi dado um segundo passo que é a Manutenção Preventiva, baseada no tempo. Entretanto, muitas vezes a intervenção não ocorre no momento adequado e, por isso, ela deve limitar-se a situações específicas e limitadas a um nível adequado.


Evoluímos para a Manutenção Preditiva que coletando dados dos ativos e analisando-os é possível prever o momento certo para a intervenção, quando necessária. Representou um grande avanço na Gestão da Manutenção; todavia muitas empresas ainda não a praticam na intensidade e na qualidade necessárias.


Chegamos, agora, a era da Manutenção Prescritiva que representa um grande avanço da Manutenção Preditiva. A Prescritiva vai além da Preditiva, não se resume a prever falhas, ela é muito mais do que isso. A Prescritiva faz sugestões de como corrigi-las e fornece, também, outras recomendações.


Combina os dados obtidos do monitoramento dos Ativos (Preditiva) com Big Data, Inteligência Artificial – AIe Machine Learning.Evidentemente, requer uma infraestrutura muito forte de informática.


A Prescritiva está em constante evolução. Embora possa parecer algo futurista, ela já chegou às empresas e aos profissionais que já atingiram o nível de excelência e, por isso, já começaram a utilizá-la nos Ativos mais Críticos da Organização.


As vantagens da Prescritiva vão além da Preditiva: maior Produtividade devido a uma análise mais sistêmica dos dados e, por isso, permite uma melhor otimização dos resultados; maior Rentabilidade para a manutenção decorrente da maior Produtividade e permite disponibilizar os dados remotamentecomo, por exemplo, para a inspeção, para o suprimento de materiais e para a engenharia.


Evidentemente, requer investimentos bem mais elevados para a sua implantação e, também, para a sua continuada evolução.


A Gestão de qualquer processo, inclusive a Gestão da Manutenção, é uma Evolução e Não uma Revolução. Na minha opinião não é adequado que uma empresa com maior cultura de Manutenção Corretiva Não Planejada tipo “Quebra – Conserta” dar este salto para a Prescritiva.


Por tudo que foi dito, é preciso avaliar bem o momento adequado para a sua implantação e a extensão da sua aplicação, avaliando o estágio em que se encontra a gestão da manutenção, identificar os equipamentos mais críticos, correta análise de Custo versus Benefícios, entre outros fatores.


Esta é a minha resposta para a Pergunta – Título desse artigo.


Alan Kardec  

Presidente do Conselho Deliberativo da ABRAMAN